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Somos um grupo de Magistas ou Hermetistas, praticantes das Artes Mágicas oriundas do Antigo Egito. A Ordem, em seus Princípios Doutrinários e Metafísicos, combina elementos da Tradição Oriental, principalmente a Kabalah, constituindo-se essencialmente nas bases Herméticas. Nossas práticas Iniciatórias mais importantes são realizadas através de ritos cerimoniais e, neles, invocamos os Nomes Antigos e demais forças que o valham, quando os membros são orientados a aumentar a percepção espiritual. Igualmente importante é o despertamento do Iniciado à relação com seu Mestre Interior. O cunho de nossa ritualística segue determinados padrões antigos, apregoados desde há muito por grandes Sábios que passaram pelo mundo físico. Diversas outras correntes podem e são adotadas dentro da Ordem, uma vez que possui caráter universalista e visa a multidisciplinaridade em seus apontamentos, sejam eles quais forem, amparando a todos os seus estudantes, nos mais amplos aspectos.
A Ordem Fraterna de Hermes funciona em regime de clã, o que envolve uma Iniciação formal e um pacto espiritual, primeiramente, dedicado à Divindade Única, tradicionalmente chamada de Deus pelos profanos e, depois, à Egrégora (que rege os mistérios Herméticos desde os primórdios dos tempos), feito pelo juramento de sigilo, exigido de seus membros. A forma de transmissão mágica se constitui em um sistema de linhagem espiritual mestre/discípulo, contando com facilitadores abaixo do primeiro. Caminhando juntamente com nossos trabalhos, damos ênfase às veredas filantrópicas e caritativas, acreditando serem elas as responsáveis primeiras pela impulsão de nossa evolução moral, que mantemos pelo treinamento e observação constantes. Nosso objetivo inicial, aqui, não é criar seguidores, mas guias.
Seguimos o caminho antigo, que nos foi transmitido por nossos Irmãos ancestrais (Mestres e Guias) que, merecidamente, são chamados por nós de “Guardiões da Tradição”, mas, em outros tempos, também, poderiam ser denominados “Sentinelas”, “Vigias” e “Imortais”. Todos fazem parte das Hierarquias de Mestres das Grandes Fraternidades que existem sob a tutela de Deus, agora, no plano mais sutil da existência, constituída, em parte, daqueles seres altamente desenvolvidos que atingiram um adequado estágio no caminho da evolução espiritual. A Ordem possui seu próprio sistema teológico, adotando a Divindade Única como a fonte de onde emanam todas as outras e, assim, exercemos nosso processo litúrgico, culminando com a ordenação sacerdotal.
O termo Sacerdote ou Sacerdotisa, é utilizado (como no Antigo Egito) em sentido abrangente, referindo-se à capacidade e responsabilidade (primeiramente) que o indivíduo assume com relação aos Mistérios, dentro da Tradição. O Ocultismo religioso da O:.F:.H:., não segue um Livro Sagrado próprio, apesar de possuí-los, chamando-os de Grandes Luzes, nem possui verdades ditas absolutas, apesar de possuir seus Dogmas que lhe parecem incontestáveis à luz da razão. Possuímos como elemento norteador, normas místicas e diretrizes gerais, que servem para fundamentar as bases comportamentais de seus membros.
O sistema adotado pela Tradição adotada pela Ordem, assume uma atitude mais filosófica do que propriamente religiosa, na medida em que seus Iniciados jamais buscam requerer como pré-requisito qualquer comportamento dito religioso, amparados em verdades relativas que possam julgar serem absolutas. Tudo é relativo no mundo físico e a intenção de nossos Princípios é a de atingirmos, todos nós, o Absoluto, abrigo em que reside a Grande Mente que engendrou todo o Universo. Qualquer verdade espiritual, assim, é muito bem-vinda e digna de respeito entre todos os Irmãos.
Em sendo uma Ordem Hermética, a Ordem Fraterna de Hermes aceita o Princípio Hermético de que o Universo é uma imagem mental projetada pela Mente Suprema, o que significa que o Universo físico é a manifestação de uma forma-pensamento criada por Deus (o Logos) e que tudo se desvaneceria como um sonho, se a mesma Mente Absoluta assim o quisesse. Entretanto, a O:.F:.H:. aceita que podemos influenciar o Espírito Supremo, transformando a nós mesmos em Demiurgos criadores de mundos ou Universos Menores. A Ordem ensina que, para o homem fugir ou libertar-se desse Universo material, ele precisa obter um tipo de conhecimento (gnose) que o leve a um grau de controle sobre o Universo manifesto. Isso deve acontecer antes de o homem deixar para trás o ciclo das encarnações sucessivas (Roda de Sansara), retornando à Fonte de toda a Luz, ao Vazio do Último Suspiro, à Realidade Última. Quando isso acontece em sua plenitude, o homem transforma-se em um representante da Hierarquia Oculta da Terra e, a partir desse momento, pertence ao círculo interior da humanidade, sendo que mesmo a morte torna-se para ele, uma escolha consciente.
A Ordem está focada em uma linhagem de Iniciação Sacerdotal, que confere a seus membros a conexão com a Alta Hierarquia Oculta à qual estamos ligados. Falamos da Egrégora, um engenho antiquíssimo localizado nos planos sutis da existência. Quando o indivíduo é Iniciado nas dependências da Fraternidade, inicia-se um processo (chamado de samadhi pelos indianos), que é a expansão gradativa da percepção da consciência. Todo o processo é iluminista, totalmente interior, mas que repercute na vida exterior do Iniciado de forma decisiva. Essa expansão da consciência, ou melhor dizendo, aumento da percepção de nosso verdadeiro Eu, é sempre acompanhada do despertar de outras potencialidades que tocam a energia primordial, mesmo no âmbito mais físico. A conexão com a corrente astral, assim, é facilitada e impulsiona o desenvolvimento espiritual do indivíduo enquanto membro da família divina a que pertence, que habita todo o Universo visível e invisível.
Importante ressaltar que a iluminação ou samadhi, é realizada através do cimo do corpo físico, em um ponto chamado Sahasrara, que se encontra no exato topo do crânio humano. Ocorre que na Ordem, esse centro está em relação com a consciência da energia do Ser Supremo, o mais alto lugar sagrado em nosso planeta onde se encontra aquilo que denominamos de Tradição Hermética Primordial, que se liga à Egrégora que conosco caminha desde tempos imemoriais, facilitando o aprendizado de todos os que transitam por esses rumos. Entendemos que a Tradição Hermética Primordial preserva a mais antiga gnose trazida pelos Elohim (Deuses ou Seres Luminosos) aos discípulos humanos ainda nos tempos em que o homem se preparava para habitar corpos físicos no orbe terrestre. Ela foi a primeira e mais alta tradição espiritual, que inspirou os Mistérios do Antigo Egito e, antes dele, de Atlântida e Lemúria, através de enredos teatrais que despertavam na consciência dos homens, toda a Santa Gnose Revelada.
A história da origem de nossas Tradições se perdeu com o tempo e nós sabemos, apenas, que os sumérios e acádios tiveram decisiva participação nos ensinamentos que ainda hoje adotamos, graças a algumas mentes brilhantes e iluminados que os tornaram perpétuos, por meio de suas palavras. É bem sabido que os akkades (acádios ou acádias, considerados povos sagrados) estabeleceram as primeiras cidades-estados da Mesopotâmia e há evidências que apontam para o fato de que foram, assim como Plutarco antes definiu, os mesmos pelasgos, tidos como ancestrais, antepassados dos gregos. Esse mito é a evocação da verdade histórica de que os gregos receberam de um povo vindo do oceano, os alicerces de sua civilização. A região originária dos akkades está atualmente desconhecida pelos estudos humanos, traduzidos através dos historiadores. A própria raça humana, incluindo sua língua e todos os caracteres antropológicos, são ainda hoje, objeto de estudo incansável. Não há dúvidas de que o povo mencionado era muito mais antigo do que os próprios assírios, os caldeus, os babilônios e outros desse mesmo tempo. De fato, os akkades vieram de terras muito distantes e possuíam uma civilização e uma cultura muito diferente e superior à civilização asiática da época. Teriam vindo de uma parte do mundo denominada Kar, vocábulo que significa região montanhosa, do Oriente.
Há uma corrente de pensamento que sugere que os akkades descendem da raça turaniana da Ásia Central. Através de migrações sucessivas, os primeiros povos teriam trazido a cultura asiática à Mesopotâmia. Muitos dos assustadores ritos taumatúrgicos dos feiticeiros babilônicos da era pré-semita foram inclusive preservados nas inúmeras tábuas de barro da Biblioteca do Rei Assurbanipal. Conservam-se ainda hoje, indícios da fascinante história da migração dos pré-históricos akkades, que trouxeram a Misteriosa Tradição do coração do Mediterrâneo, encontrando as civilizações assíria e babilônica. Em termos religiosos, a primeira raça a conceber uma Trindade Metafísica fora a dos acádios. Os caldeus, por sua vez, a essa altura, eram da tribo dos acádios, instruindo, por conseguinte, os babilônios. Também os escandinavos pré-históricos teriam herdado desses povos uma considerável Tradição e, em razão de tudo isso, a Ordem respeita a todas as diversas linguagens místicas espalhadas pelo mundo antigo a atual, trazendo para seu Corpus tudo o de mais verdadeiro que pode encontrar em cada um deles.
Uma considerável parte da primitiva Teurgia Caldaica e Acadiana lidava com a conjuração de espíritos sublunares de forma semelhantemente adotada desde os tempos antigos entre os discípulos de Hermes e, posteriormente, nas demais tradições. Isto não deve surpreender o Buscador, uma vez que muitas das características da Magia contida nos documentos ocidentais foram atribuídas por grandes autoridades a fontes orientais e, particularmente, mediterrânicas. O próprio Círculo Mágico, recurso pelo qual o Mago pode invocar espíritos, foi atribuído à Assíria, sendo indispensável em quase todas as operações ritualísticas dessa natureza no Extremo Oriente. Também as palavras mágicas e Nomes de Poder, pelos quais os antigos seres eram conjurados pelos Sábios, formam parte importante do antigo ensinamento egípcio tão comumente utilizado por nós.
Justificada a antiguidade dos termos adotados nas liturgias demonstradas no interior do corpo da Ordem, busca-se, também, aumentar seu raio de ação no plano físico e, para ainda favorecer o bom andamento de tudo aquilo que possa vir a acontecer dentro das dependências físicas e sutis de sua edificação, acordos de mútua amizade e respeito podem ser firmados com outras entidades, a fim de estender os laços de fraternidade para com outros Buscadores que possuam, por ventura, a mesma intenção daqueles que compõem o corpo da Instituição. Sua Jurisdição, podendo seguir a outras denominações que lhe serão Filiadas, fará valer os mesmos Princípios, salvas exceções muito bem discutidas e votadas, para que não se altere o que de mais nobre houver em tudo aquilo que fora determinado pelos que nos legaram tais ensinos.
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